Um dos grandes desafios a serem enfrentados pelos municípios na revisão dos planos de carreira é, sem sombra de dúvida, a devida valorização dos profissionais que trabalham na educação infantil.Todos recordam que representou um avanço a aprovação dos artigos 29 a 31 na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n°. 9394/06). Neste texto legal a educação infantil foi reconhecida como a primeira etapa da educação básica, garantindo com isso o caráter educacional ao atendimento às crianças de zero a seis anos (só mais recentemente as crianças de seis anos passaram para o ensino fundamental). Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade. Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.Antes da LDB, como regra, o atendimento desta faixa etária estava sob a responsabilidade da área de assistência social. Por isso a mesma lei estabeleceu no seu artigo 89 as regras de transição de todo o serviço para a educação, dando um prazo de três anos para que esta transição se realizasse, ou seja, até dezembro de 1999.Art. 89. As creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas deverão, no prazo de três anos, a contar da publicação desta Lei, integrar-se ao respectivo sistema de ensino.Passados dez anos do prazo para a transição estabelecida no artigo transcrito acima muita coisa continua indefinida. É verdade que as antigas “creches” foram transferidas e assimiladas pelas secretarias de educação. Também é verdadeiro que o atendimento progrediu para possuir um caráter educacional mesmo que mantendo os cuidados específicos necessários a faixa etária. A questão mal resolvida continua sendo o que fazer com os antigos profissionais herdados da área da assistência, com seus cargos de diferentes nomenclaturas (monitores, agentes de creche, auxiliares de creche, pajem, etc). Em primeiro lugar, temos unidades de educação infantil que mantiveram os cargos anteriores e até realizaram concurso para novos profissionais.Em segundo lugar, em muitos municípios a solução foi mista, incorporando professores concursados, que passaram a trabalhar ao lado dos antigos monitores.Em terceiro lugar, em poucos municípios houve uma redefinição dos antigos cargos, os quais foram extintos e seus ocupantes convertidos em professores com nível médio na modalidade normal.A recente Resolução n°. 02 de 2009, de autoria da Câmara de educação Básica do Conselho Nacional de Educação é clara sobre o assunto: os novos planos devem contemplar todas as etapas e modalidades e, por conseguinte, resolver as dubiedades existentes de nomenclatura dos cargos na educação infantil, como fica claro no seu parágrafo primeiro do artigo segundo.Artigo 2°.§ 1º São considerados profissionais do magistério aqueles que desempenham as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das unidades escolares de Educação Básica, em suas diversas etapas e modalidades (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação Profissional, Educação Indígena), com a formação mínima determinada pela legislação federal de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Este é um assunto que deve ser priorizado pelos gestores e sindicatos quando da formatação dos Planos de Carreira.
BLOG: http://www.rluizaraujo.blogspot.com/
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segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
O QUE FOI O PT ONTÉM, E O QUE É HOJE?
O que foi o PT há vinte anos atrás e o que é o PT hoje? O que se faz em nome da chamada governabilidade? Para o PT, será que o fim justifica os meios?
São questões que desde o início do governo Lula muitos militantes históricos do Partido dos Trabalhadores vem enfrentando e procurando em vão uma luz no fim do túnel. Mensalão, sanguessugas, dinheiro na cueca, lobbys e atos secretos são alguns dos vários escândalos que marcaram a biografia do PT desde 2003.
Não sem motivos muitos foram deixando o partido. Alguns expulsos e outros espontaneamente abandonaram o PT por descordarem da política implantada pelo Governo Federal, e principalmente pela linha dada a seus parlamentares.
Muitos lembram com nostalgia daquele PT de 1989, guerreiro, socialista e totalmente voltado pela luta do povo brasileiro contra toda sorte de corrupção e escândalos que assolavam o país da época. Como dava orgulho a qualquer militante ver o então candidato Lula enfrentar Collor de Mello. Ou mesmo os eleitores de Brasília que presenciaram as verdadeiras marchas vermelhas nas eleições de Cristovam contra Valmir Campello, e mesmo nas derrotas de Cristovam e Magella para Roriz ao Palácio do Buriti nas eleições seguintes. Hoje o mesmo PT de Lula luta incansavelmente ao lado de Collor e Roberto Jefersom do PTB, e de Renam Calheiros do PMDB de Roriz para defender Sarney de todas as acusações que existiam contra ele no Conselho de ética do Senado.
Hoje o mesmo PT-DF namora a possibilidade de uma aliança com o PMDB de Roriz para o GDF em 2010. Seguindo aliança no Estado de Goiás com Íris Resende e Henrique Meirelles.
No ultimo dia 20 de agosto o Conselho de ética, com participação decisiva do PT, arquivou todas possibilidades de fazer o Presidente do Senado José Sarney (PMDB-MA) responder sobre as acusações que pesam contra ele. De nada adiantou as várias tentativas do PSOL em fazer justiça naquela casa de Leis.
O PSDB também recuou, afinal seu mais célebre parlamentar Arthur Virgílio também possui suspeita das mesmas acusações que antes se voltavam apenas contra Sarney.
Uma verdadeira vergonha o que ocorre hoje no Senado. Juntos PSDB, PMDB, PTB e PT, defendendo exclusivamente interesses meramente particulares que nada contribui para o maior interessado: o povo brasileiro.
Agora temos que presenciar o Senador Flávio Arms declarar publicamente que esse PT não é mais o mesmo, que é motivo de vergonha para todos aqueles que pregam a ética na política. Será que só agora o Senador conseguiu enxergar tal conclusão?
Ao povo brasileiro fica a seguinte pergunta: Será que todos são iguais?
Weslei Garcia de Paulo é professor da rede publica de ensino em Valparaiso de Goiás e autor do romance “Um Alguém Especial”, além de ter artigos publicados na revista eletrônica www.nosrevista.com.br
São questões que desde o início do governo Lula muitos militantes históricos do Partido dos Trabalhadores vem enfrentando e procurando em vão uma luz no fim do túnel. Mensalão, sanguessugas, dinheiro na cueca, lobbys e atos secretos são alguns dos vários escândalos que marcaram a biografia do PT desde 2003.
Não sem motivos muitos foram deixando o partido. Alguns expulsos e outros espontaneamente abandonaram o PT por descordarem da política implantada pelo Governo Federal, e principalmente pela linha dada a seus parlamentares.
Muitos lembram com nostalgia daquele PT de 1989, guerreiro, socialista e totalmente voltado pela luta do povo brasileiro contra toda sorte de corrupção e escândalos que assolavam o país da época. Como dava orgulho a qualquer militante ver o então candidato Lula enfrentar Collor de Mello. Ou mesmo os eleitores de Brasília que presenciaram as verdadeiras marchas vermelhas nas eleições de Cristovam contra Valmir Campello, e mesmo nas derrotas de Cristovam e Magella para Roriz ao Palácio do Buriti nas eleições seguintes. Hoje o mesmo PT de Lula luta incansavelmente ao lado de Collor e Roberto Jefersom do PTB, e de Renam Calheiros do PMDB de Roriz para defender Sarney de todas as acusações que existiam contra ele no Conselho de ética do Senado.
Hoje o mesmo PT-DF namora a possibilidade de uma aliança com o PMDB de Roriz para o GDF em 2010. Seguindo aliança no Estado de Goiás com Íris Resende e Henrique Meirelles.
No ultimo dia 20 de agosto o Conselho de ética, com participação decisiva do PT, arquivou todas possibilidades de fazer o Presidente do Senado José Sarney (PMDB-MA) responder sobre as acusações que pesam contra ele. De nada adiantou as várias tentativas do PSOL em fazer justiça naquela casa de Leis.
O PSDB também recuou, afinal seu mais célebre parlamentar Arthur Virgílio também possui suspeita das mesmas acusações que antes se voltavam apenas contra Sarney.
Uma verdadeira vergonha o que ocorre hoje no Senado. Juntos PSDB, PMDB, PTB e PT, defendendo exclusivamente interesses meramente particulares que nada contribui para o maior interessado: o povo brasileiro.
Agora temos que presenciar o Senador Flávio Arms declarar publicamente que esse PT não é mais o mesmo, que é motivo de vergonha para todos aqueles que pregam a ética na política. Será que só agora o Senador conseguiu enxergar tal conclusão?
Ao povo brasileiro fica a seguinte pergunta: Será que todos são iguais?
Weslei Garcia de Paulo é professor da rede publica de ensino em Valparaiso de Goiás e autor do romance “Um Alguém Especial”, além de ter artigos publicados na revista eletrônica www.nosrevista.com.br
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