sábado, 23 de maio de 2009
CHAMADA DA CHAPA 2 AO SINDSEPEM/VAL
Nós, que integramos a chapa 2, temos muito orgulho de concorrermos às eleições para renovação da Diretoria de nosso Sindicato com um grupo de colegas que representam verdadeiramente os anseios de nossa classe. Nossa avaliação é que o Sindicato, para representar verdadeiramente os anseios de nossa base, não pode estar atrelado a interesses da prefeitura ou de partidos políticos que sempre humilharam nossa categoria.Lutamos para que haja independência e autonomia do sindicato frente a governos e patrões. Só dessa forma teremos o apoio de nossa base filiada para reivindicar melhores salários e condições de trabalho, com a promoção, reconhecimento e valorização do Serviço Público. Um Sindicato verdadeiramente representativo de todos servidores e todas servidoras da prefeitura, pressupõe um permanente trabalho junto às nossas bases, com filiados que participam e decidem democraticamente os rumos de nossas lutas e reivindicações, de forma autônoma e livre das pressões de chefias a serviço do governo municipal. Queremos um Sindicato ativo e atuante, sem o imobilismo que tomou conta da atual gestão do sindicato por não ter vinculada com governo.Para cumprir o programa de reivindicações que apresentamos a seguir, a Chapa 2 apostou na mais ampla unidade, reunindo os setores mais autênticos e combativos da categoria, onde setores da CONLUTAS, da esquerda da CUT, da INTERSINDICAL e de INDEPENDENTES, farão a diferença na hora de mobilizar a categoria para as conquistas há muito esperadas por todos.O que queremos dizer a todos os colegas da Prefeitura, seja da educação, da saúde, da infra-estrutura, da administração e de todos os setores da Prefeitura, é que chegou a hora de mudar a direção de nosso Sindicato. Para isso, só depende de nós. Vamos dar um voto pela mudança, por um sindicalismo de luta e por melhores condições de vida , de trabalho e principalmente, mobilizar e lutar por melhores salários e mais dignidade para todos !
domingo, 17 de maio de 2009
PROVA AVALIA ALGUÉM?
Uma educação de qualidade se prisma pela seriedade daqueles que fazem dela um caminho irrefutável de transformação social.
Não se pode simplesmente separar o ato de lecionar com o que antecede do cotidiano dos educandos, ou seja, não se separa a realidade social de uma criança com seu rendimento dentro de uma sala de aula, ou mesmo de um ambiente educacional. Mas infelizmente o processo avaliativo brasileiro vem privilegiando a exclusão social e educacional, dando extrema ênfase às avaliações escritas, as chamadas provas, não levando em consideração um contexto mais amplo onde se busca entender as causas que levam alunos ao baixo rendimento escolar, principalmente sob o aspecto social.
Assumir como único meio de avaliação a prova escrita é arriscar um método ineficiência e injusto no universo dos alunos. A prova deve ser encarada apenas como um momento na avaliação periódica, uma ferramenta de trabalho por parte do professor, dando-lhe suporte para avaliar de fato aquilo que tem seu aluno em conhecimento. Imaginemos duas situações hipotéticas: Na primeira o aluno X é excepcional, interessado, determinado, curioso e desafiador, mas no momento da avaliação, por um motivo qualquer, muitas vezes ligado a sua realidade social de miséria ou de violência doméstica, se encontra abalado psicologicamente, e incapacitado de realizar com êxito qualquer avaliação escrita. Temos também o aluno Y que é totalmente disperso, desinteressado, irresponsável e sem nenhum compromisso pelo próprio desempenho escolar. No momento da avaliação consegue esconder respostas estratégicas acerca do assunto de sua prova em locais fora do alcance de seu professor ou professora; ou ainda consegue ler as respostas de um colega próximo a sua carteira.
Ao receberem suas notas ambos os alunos possuem uma grande surpresa. O aluno X atinge uma nota inferior a média, e o aluno Y consegue nota quase total surpreendendo até a si mesmo. Como se pode afirmar que nesse caso a prova escrita avaliou alguém?
Não estou aqui defendendo o fim de prova escrita, muito menos afirmando que a prova escrita não avalia ninguém, mas busco uma profunda reflexão no sentido de que a prova é sim fundamental para o processo ensino-aprendizagem, mas tem de ser encarado com um momento de avaliação, e não o resultado final.
Obviamente o professor ou a professora dos alunos X e Y reconhece que a menção recebida pelos mesmos não condiz com a realidade escolar das crianças, mas se ele ou ela assumiu uma postura retrógrada de avaliar unicamente pela prova escrita cometerá um erro grave podendo afetar irremediavelmente todo seu percurso no magistério. Entretanto se é um professor ou uma professora que tenha uma concepção educacional mais progressista, certamente conseguirá avaliar seus alunos Y e X cotidianamente levando em consideração aquilo que possuem de bagagem, de conhecimento prático trazido de suas experiências e de suas realidades social, cultural e familiar.
Mas infelizmente essa falta de concepção abrangente e revolucionária muito defendida por Paulo Freire está presente em todas as camadas e etapas educacionais brasileiras.
Um exemplo disso é o vestibular e os concursos públicos. Instrumentos que também não avaliam de verdade ninguém, e possuem a tendência de exclusão social. Imaginemos novamente mais duas situações hipotéticas.
Na primeira o aluno X sempre estudou no ensino publico em tese deveria ter vaga garantida nas Universidades Estaduais e Federais, mas não consegue êxito nos vestibulares por ter recebido um ensino muito defasado, sobretudo o ensino médio. Tendo que no final trabalhar e pagar para cursar uma graduação em uma instituição privada. E quando consegue raramente entrar numa Universidade publica, precisa cursar matérias distintas, levando muitas vezes até dez anos por um curso que terminaria em cinco ou seis se cursasse grade fechada.
Isso porque nossas Universidades publicas distribuem suas disciplinas de uma maneira que impede do aluno que vem da escola publica de trabalhar. E esquece que infelizmente esse aluno necessita de sua labuta para o provimento de sua alimentação, vestimenta, enfim, sua sobrevivência.
Já o aluno Y sempre estudou na rede particular de ensino, do maternal ao ensino médio. Depois de concluído seu ensino médio ainda pagou um cursinho pré vestibular, e quando deveria cursar sua graduação numa Universidade privada, acaba logrando êxito e entrando nas Universidades Publicas. São as contradições de nossa educação.
É verdade que muitos programas ajudaram ao ingresso do aluno de escola publica nas Universidades Publicas como o Programa de Avaliação Seriada – PAS, Pro Uni e ENEM, e é bem verdade também que com o aumento desenfreado de faculdades privadas de norte a sul do país e a expansão dos cursos a distancia “facilitaram” o caminho do estudante a um diploma superior, mas é fato que houve também uma queda considerável na qualidade do nosso ensino. Por isso cabe a nós, professores, alunos e sociedade civil organizada o dever de cobrarmos de nossas autoridades competentes melhorias no ensino brasileiro. E mais seriedade, levando em consideração aquilo que o aluno tem de fato, e não simplesmente gráficos e estatísticas de números que mostram superficialmente um rosto turvo de nossa educação apenas para atingir metas neoliberais.
Não se pode simplesmente separar o ato de lecionar com o que antecede do cotidiano dos educandos, ou seja, não se separa a realidade social de uma criança com seu rendimento dentro de uma sala de aula, ou mesmo de um ambiente educacional. Mas infelizmente o processo avaliativo brasileiro vem privilegiando a exclusão social e educacional, dando extrema ênfase às avaliações escritas, as chamadas provas, não levando em consideração um contexto mais amplo onde se busca entender as causas que levam alunos ao baixo rendimento escolar, principalmente sob o aspecto social.
Assumir como único meio de avaliação a prova escrita é arriscar um método ineficiência e injusto no universo dos alunos. A prova deve ser encarada apenas como um momento na avaliação periódica, uma ferramenta de trabalho por parte do professor, dando-lhe suporte para avaliar de fato aquilo que tem seu aluno em conhecimento. Imaginemos duas situações hipotéticas: Na primeira o aluno X é excepcional, interessado, determinado, curioso e desafiador, mas no momento da avaliação, por um motivo qualquer, muitas vezes ligado a sua realidade social de miséria ou de violência doméstica, se encontra abalado psicologicamente, e incapacitado de realizar com êxito qualquer avaliação escrita. Temos também o aluno Y que é totalmente disperso, desinteressado, irresponsável e sem nenhum compromisso pelo próprio desempenho escolar. No momento da avaliação consegue esconder respostas estratégicas acerca do assunto de sua prova em locais fora do alcance de seu professor ou professora; ou ainda consegue ler as respostas de um colega próximo a sua carteira.
Ao receberem suas notas ambos os alunos possuem uma grande surpresa. O aluno X atinge uma nota inferior a média, e o aluno Y consegue nota quase total surpreendendo até a si mesmo. Como se pode afirmar que nesse caso a prova escrita avaliou alguém?
Não estou aqui defendendo o fim de prova escrita, muito menos afirmando que a prova escrita não avalia ninguém, mas busco uma profunda reflexão no sentido de que a prova é sim fundamental para o processo ensino-aprendizagem, mas tem de ser encarado com um momento de avaliação, e não o resultado final.
Obviamente o professor ou a professora dos alunos X e Y reconhece que a menção recebida pelos mesmos não condiz com a realidade escolar das crianças, mas se ele ou ela assumiu uma postura retrógrada de avaliar unicamente pela prova escrita cometerá um erro grave podendo afetar irremediavelmente todo seu percurso no magistério. Entretanto se é um professor ou uma professora que tenha uma concepção educacional mais progressista, certamente conseguirá avaliar seus alunos Y e X cotidianamente levando em consideração aquilo que possuem de bagagem, de conhecimento prático trazido de suas experiências e de suas realidades social, cultural e familiar.
Mas infelizmente essa falta de concepção abrangente e revolucionária muito defendida por Paulo Freire está presente em todas as camadas e etapas educacionais brasileiras.
Um exemplo disso é o vestibular e os concursos públicos. Instrumentos que também não avaliam de verdade ninguém, e possuem a tendência de exclusão social. Imaginemos novamente mais duas situações hipotéticas.
Na primeira o aluno X sempre estudou no ensino publico em tese deveria ter vaga garantida nas Universidades Estaduais e Federais, mas não consegue êxito nos vestibulares por ter recebido um ensino muito defasado, sobretudo o ensino médio. Tendo que no final trabalhar e pagar para cursar uma graduação em uma instituição privada. E quando consegue raramente entrar numa Universidade publica, precisa cursar matérias distintas, levando muitas vezes até dez anos por um curso que terminaria em cinco ou seis se cursasse grade fechada.
Isso porque nossas Universidades publicas distribuem suas disciplinas de uma maneira que impede do aluno que vem da escola publica de trabalhar. E esquece que infelizmente esse aluno necessita de sua labuta para o provimento de sua alimentação, vestimenta, enfim, sua sobrevivência.
Já o aluno Y sempre estudou na rede particular de ensino, do maternal ao ensino médio. Depois de concluído seu ensino médio ainda pagou um cursinho pré vestibular, e quando deveria cursar sua graduação numa Universidade privada, acaba logrando êxito e entrando nas Universidades Publicas. São as contradições de nossa educação.
É verdade que muitos programas ajudaram ao ingresso do aluno de escola publica nas Universidades Publicas como o Programa de Avaliação Seriada – PAS, Pro Uni e ENEM, e é bem verdade também que com o aumento desenfreado de faculdades privadas de norte a sul do país e a expansão dos cursos a distancia “facilitaram” o caminho do estudante a um diploma superior, mas é fato que houve também uma queda considerável na qualidade do nosso ensino. Por isso cabe a nós, professores, alunos e sociedade civil organizada o dever de cobrarmos de nossas autoridades competentes melhorias no ensino brasileiro. E mais seriedade, levando em consideração aquilo que o aluno tem de fato, e não simplesmente gráficos e estatísticas de números que mostram superficialmente um rosto turvo de nossa educação apenas para atingir metas neoliberais.
Weslei Garcia é professor em Valparaíso de Goiás, e autor do romance Um Alguém Especial.
sábado, 9 de maio de 2009
QUEREMOS UM SINDICATO PARA TODOS
Uma vez a frente do SINDSEPEM/VAL nossa direção irá tomar providencias imediatas que são necessárias para o bom andamento de questões sindicais de toda nossa categoria. Será nossa primeira providencia juntamente com o jurídico de nossa entidade um estudo aprofundado acerca do plano de cargos e salários dos servidores da infra estrutura, administrativo e saúde. Hoje o plano de carreira desses servidores não valoriza o profissional enquanto sua capacidade e potencialidade, seguindo uma política de desvalorização, inclusive, da formação educacional e profissional do mesmo. É um absurdo um plano de carreira onde o servidor ganha ao ano um reajuste de R$ 10,00 (dez reais) exclusivamente por tempo de serviço. Ou seja, um trabalhador que ganha R$ 500,00 (quinhentos reais) base por mês, terá que trabalhar durante uma década para adicionar ao seu vencimento a mísera quantia de R$ 100,00 (cem reais) independentemente se esse mesmo servidor ao longo desses dez anos se qualificou e se especializou no intuito de aprimorar seu trabalho e sua capacidade de desempenhar suas funções. O que iremos defender de forma coesa e responsável é um plano de cargos e salários minimamente decente para todos segmentos de nossa categoria. Onde todo trabalhador tenha reajuste não apenas anual por tempo de serviço, mas que também o tenha por capacitação profissional, e possa seguir carreira junto ao município de acordo com sua escolaridade e especialidade. O plano de cargos e salários que nossa direção irá defender e apresentar junto a prefeitura não é apenas horizontal, mas vertical e horizontal, a exemplo do plano de cargos e salários dos professores. Defenderemos também reajuste anual sempre na data base dos salários de acordo com o índice inflacionário do país e andando em conjunto com o salário mínimo. Não iremos mais tolerar qualquer trabalhador continuar sobrevivendo com o salário de miséria inferior ao mínimo nacional. Vamos lutar arduamente no sentido de garantir todas as gratificações que nossos companheiros possuem e que não são pagos como insalubridade, periculosidade, incentivo aos servidores da saúde e gratificação especial de campo por parte dos agentes de endemias e combate a dengue. Vamos defender a licença maternidade de seis meses, lei nacional da Deputada Maninha, e que atualmente tramita na Câmara Municipal de Valparaíso de autoria do Vereador Silvano, e vamos lutar pela melhoria das condições de trabalho de todos servidores de nosso município. Vamos criar uma comissão anti-assédio moral, no intuito de combater esse mal que infelizmente ainda hoje assola muitos ambientes de trabalho em nosso país, tornando o local onde o servidor presta seus serviços um ambiente hostil e excludente.Essa será nossa linha política a partir de 30 de maio, um sindicato que verdadeiramente luta por todos os trabalhadores da categoria.
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